13 de março de 2010

Vagareza .


Sentada sozinha num corredor no colégio.
O horário está vago, e minha mente também.
O tempo passa lento.
A lentidão agora é parte de mim.

Ando procurando algo pra ter, possuir.
Sinto que aqui, nada é realmente meu.



11 de março de 2010

Não deixe .


Eu não quero te magoar.
Não quero que nada de ruim te aconteça.
Juro que só quero teu bem.
Talvez nossas brincadeiras não continuem as mesmas,
pois as coisas vão mudando a todo momento,
mas não vou deixar essa amizade morrer assim,
não quero deixar uma impressão ruim na sua mente,
não quero ficar longe de você,
porque agora você já faz parte da minha vida.
Mesmo que a gente mude,
mesmo que a gente cresça,
é improvavel que alguma borracha
consiga apagar as trilhas que nos uniram nessa estrada.

Você é melhor do que eu imaginava.
Por favor, não deixe tudo morrer assim...

10 de março de 2010

Martírio contínuo .

A cabeça dói tanto que parece estar explodindo.
Ligo o chuveiro, e as gotas de água que deveriam estar me relaxando, batem em minhas costas como se fosses açoites.
Meu martírio está apenas começando.
O vazio que sinto dentro de mim, expande mais e mais a cada brisa que sai pela janela e toca meu corpo nu e gelado pelo frio de uma noite de chuva.
Tento penetrar minhas unhas na minha pele. Quero sentir dor. Quero me castigar por querer preencher meu vazio com coisas que não vão me fazer bem. Quero chorar, mas não consigo. Por mais querer que eu tenha, por mais força que eu invista, parece que minhas lágrimas estão escondidas em algum lugar e eu não sei onde acha-las.

É nessas horas que me pergunto:
- Cadê toda aquela sua vitalidade e força, pequena Cinderella Psicopata?
O eco da minha voz rouca responde minha pergunta.
Também tenho meus dias de fraqueza, sou humana.

3 de março de 2010

Não pode ser assim .



Se antes eu me via sozinha, agora me vejo mais.
Guardo remorsos dentro de mim.

Chega um determinado ponto em que dá vontade de sair matando todo mundo e depois se matar.

Mas eu ainda consigo ser forte, e não desistir tão cedo. Já sei que falhas todos têm. O que resta à maioria é simplesmente admitir o que fazem sem medo das reações alheias.


Nem anjo. Nem asas.


Os banhos de chuva não lavam mais a minha alma,
e quando alguma corrente fria passa por mim,
me sinto pequena demais para portar tanto ódio.

Asas. Vôos. Libertação.
Não sei por quê, mas de uns dias pra cá,
as aves me tem chamado muita atenção...

Apenas preciso.

Alucinações noturnas.
Vultos.
Vozes.
Luzes.

Alucinações noturnas.
Demônios.
Anjos.
Cruzes.



21 de fevereiro de 2010

Instante de fantasias .

Na fumaça do meu último trago,
se foram as memórias do dia,
sorrisos se desfizeram
numa medonha agonia.

Pude ler no ar
minhas dores em poesia.
Pela primeira vez ali
verdades,
falsas lágrimas,
e puro ódio,
na mais fúnebre sintonia.

No chão, depois, restaram
as cinzas da minha utopia,
as sobras de mais um sonho
que do meu imaginário desaparecia.

20 de fevereiro de 2010

haha .

É preciso força pra não desistir...
É preciso força pra fincar os pés no chão, e gritar pra quem quiser ouvir:
- Chega! Eu tô aqui, também sinto, também tenho direito de fazer minhas próprias escolhas, e necessito de um espaço como qualquer outra pessoa necessita. Eu quero respeito, caralho! Eu quero respeito agora, cambada de porra! Ninguém aqui tem moral de vir me dar lição de vida não, porque se eu estiver afim de fazer alguma coisa errada como por exemplo matar o seu gatinho peludo envenenado com uma combinação letal de gasolina, álcool, cocaína e Kisuk sabor morango, eu vou matar! Independentemente do remorso que iria sentir depois, e do sentimento de culpa!

Eu só quero gostar de quem gosta de mim, de quem me dá valor, de quem me reconhece como pessoa, e de quem procura entender o que eu penso antes de colocar uma catapulta na minha frente e me jogar pedras tamanho família!

Ah... E sobre aquele lance do gatinho peludo... sim, foi uma ameça.