A cabeça dói tanto que parece estar explodindo.
Ligo o chuveiro, e as gotas de água que deveriam estar me relaxando, batem em minhas costas como se fosses açoites.
Meu martírio está apenas começando.
O vazio que sinto dentro de mim, expande mais e mais a cada brisa que sai pela janela e toca meu corpo nu e gelado pelo frio de uma noite de chuva.
Tento penetrar minhas unhas na minha pele. Quero sentir dor. Quero me castigar por querer preencher meu vazio com coisas que não vão me fazer bem. Quero chorar, mas não consigo. Por mais querer que eu tenha, por mais força que eu invista, parece que minhas lágrimas estão escondidas em algum lugar e eu não sei onde acha-las.
É nessas horas que me pergunto:
- Cadê toda aquela sua vitalidade e força, pequena Cinderella Psicopata?
O eco da minha voz rouca responde minha pergunta.
Também tenho meus dias de fraqueza, sou humana.
10 de março de 2010
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