Não te amo. Não te quero. Não choro por você. E se eu nunca te tive, o que me importa te perder? Ouça o que te falo, escreva o que te digo. Você vai sofrer condenado a jamais ficar comigo.
Não sou boba. Não sou tola. Não vou fazer o que você quer. Se te comporta como criança, como poderia me fazer mulher?
A lucidez esvaiu-se apenas com um toque. Mil pensamentos foram trasmitidos numa simples troca de olhar. O prazer se revelou veementemente, com o passar de poucos e instaveis segundos. A loucura, o desejo e a paixão tornaram-se incontroláveis e a voz carnal falou mais alto... Agora, essa vontade de te ter novamente me enlouquece... Paira sobre meus breves pensamentos alucinados, uma dúvida: - Será que é possível desejar tão ardentemente alguem, da mesma forma que desejei a você?
Quero deixar aqui, algo bem claro. Se, em algum momento, mudei em alguns aspectos, acreditem, não foi para agradar ninguém. Foi para que eu ficasse de bem comigo mesma. Para que eu pudesse reparar nos meus olhos ao me ver de forma concentrada no espelho, e pudesse me reconhecer novamente. Para que eu reparasse no meu olhar, que, lá não haveria mais lágrimas contidas, nem angústia contida nelas; e sim, um brilho mágico que representa a vontade de viver, de aprender mais, de querer ser feliz!
Estou presa às minhas correntes imáginarias. Ninguém pode ver, apenas eu.
Toda esta liberdade me prende.
Meus gritos? Impossiveis de serem ouvidos. Não tenho mais voz. Ela se foi junto com a minha lucidez.
E o que me resta são as palavras.
Minhas frases e textos, que são insignificantes para os outros, e essencias para mim.
Apenas preciso.